Estava tudo programado para ser uma grande despedida, mas infelizmente tudo começou mal, nosso querido amigo Tomaz tem problemas financeiros e decide cancelar a viagem, quando nos diz todos se oferecem para ajudá-lo, mas já tinha sido feito.
Bom, vamos nós entao, fui quinta feira para Dortmund, nosso voo era apenas no sábado de manha. Conheci umas gauchas de quem os guris já tinham me falado super bem e que chegaram a pouco na Alemanha, resultado que Caren, Tomaz e eu ficamos conversando até 6 da manha de sexta, dormi até as 11 e sexta foi a desgraça do jogo do Brasil e Holanda. Na noite decidimos não dormir para acordar as 3, entao pegamos nossas malas e ficamos novamente acordados conversando com o pessoal, e fomos para o aeroporto virados mesmo.
Voo de Lufthansa, bem Playboy, jatinho de 20 fileiras, banco de couro, verdadeiramente com estilo a última trip, chegamos em Praga e fomos direto para o hostel, depois de termos uma certa dificuldade com a língua tcheca (ficou com duplo sentido?), vimos um lugar enorme e incrivelmente até piscina e sauna tinha no albergue, tudo isso por a enorme quantia de 10 euros, cada vez mais gosto do leste europeu.
Depois de um banho de piscina merecido para quem tinha dormido apenas 1 hora na noite, e no avião, saímos para caminhada de reconhecimento, andamos pelo centro e já vimos o quão bonita é a cidade, almoçamos, um delicioso goulash tcheco e uma cerveja do pais que mais consome cerveja no mundo, não é a melhor que já tomei, mas é leve e mata muito bem a sede. Resolvemos ir ao famoso castelo, que má idéia. Calor de 35ºC e uma cacetada de degraus, chegamos todo suados e mortos, havia uma vista maravilhosa, mas nada além do que isso, o castelo se resumia a uma igreja e várias casas antigas ao seu redor, de longe é lindo de se ver, de perto perdeu todo encanto para mim. Depois ainda descobrimos que as escadas era só para descer, que havia um trem do outro lado dele, isso que dá ir mal informado fazer turismo, mas também posso dizer que tudo fica muito mais divertido, pelas surpresas que aparecem pelo caminho.
Voltamos para o hostel, para o segundo merecido banho de piscina e para esperar o novo integrante da caravana que estava para chegar, Both. Na noite saímos para a famosa festa de 5 andares, comentada em toda a Europa, na verdade mais fama do que qualidade, um calor extremo e ficar subindo e descendo degraus para trocar de andar não é nada legal, o interessante que havia uma pista igual a do Dance Days, absinto e muita cerveja.
Acordamos para fazer o city tour, comecamos em inglês com uma mulher chata, soubemos a história dos defenestradores tchecos e quando estavamos mudando de lugar ouvimos um guia espanhol, super engracado e de melhor dicçao, trocamos, ficamos 3 horas escutando a interessante história tcheca em espanhol, seu ódio pelo comunismo, sua fama de jogar pessoas pela janela, Kafka o Golem e muitas outras histórias interessantes. Almoçamos mais uma deliciosa típica comida local e voltamos ao QG.
Conhecemos umas paulistas e uns mineiros, com os quais ficamos horas nos arriando uns nas girias dos outros e acabei indo pra noite com eles, os guris estavam cansados e preferiram ficar no hostel, acabamos onde? Claro, na famigerada festa de 5 andares. O fato interessante foi que depois de uns absintos uns loucos ficaram de cueca, e um mais exaltado ficou peladao, baixinho, uns 30 anos e peludao, realmente uma cena muito engracada, os seguranças nem tavam e ele trovando as meninas e dançando com o bicho velho pra um lado e outro. O que uns absintos a mais não fazem!!!
No último dia fomos a Kutna Horá, cidade próxima a Praga, na qual existe uma capela decorada com ossos humanos, que devido a falta de capacidade no cemitério tiveram essa macabra idéia. Ainda caminhamos por toda a cidadela, muito pacata e acolhedora. Apesar de alguns lugares estarem abandonados, dando uma certa impressão de Bratislava no “Eurotrip”, a toda hora esperávamos ver um cachorro com uma mão na boca.
Comemos em um restaurante com uma linda vista panorâmica, visitamos a linda igreja de Santa Bárbara e fizemos a longa caminhada de volta até a estação de trem para voltarmos a Praga, para esperar a volta à Alemanha.
Acabei esse texto depois de dois meses no Brasil, cortanto muito s fatos, até engraçados mas que não poderia descrever com fidelidade.
E assim acabou minhas viagens pela Europa, ainda escreverei algumas diretas, do tipo dicas que eu daria aos viajantes.
Nas próximas viagens volto a postar...