quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Praga

Último post de viagens maiores na Europa desta passada, vou falar agora de duas cidades de um pais que agora que está entrando no roteiro de viagens do mundo, a Republica Tcheca, falarei de Praga e de Kutná Hora.

Estava tudo programado para ser uma grande despedida, mas infelizmente tudo começou mal, nosso querido amigo Tomaz tem problemas financeiros e decide cancelar a viagem, quando nos diz todos se oferecem para ajudá-lo, mas já tinha sido feito.

Bom, vamos nós entao, fui quinta feira para Dortmund, nosso voo era apenas no sábado de manha. Conheci umas gauchas de quem os guris já tinham me falado super bem e que chegaram a pouco na Alemanha, resultado que Caren, Tomaz e eu ficamos conversando até 6 da manha de sexta, dormi até as 11 e sexta foi a desgraça do jogo do Brasil e Holanda. Na noite decidimos não dormir para acordar as 3, entao pegamos nossas malas e ficamos novamente acordados conversando com o pessoal, e fomos para o aeroporto virados mesmo.

Voo de Lufthansa, bem Playboy, jatinho de 20 fileiras, banco de couro, verdadeiramente com estilo a última trip, chegamos em Praga e fomos direto para o hostel, depois de termos uma certa dificuldade com a língua tcheca (ficou com duplo sentido?), vimos um lugar enorme e incrivelmente até piscina e sauna tinha no albergue, tudo isso por a enorme quantia de 10 euros, cada vez mais gosto do leste europeu.

Depois de um banho de piscina merecido para quem tinha dormido apenas 1 hora na noite, e no avião, saímos para caminhada de reconhecimento, andamos pelo centro e já vimos o quão bonita é a cidade, almoçamos, um delicioso goulash tcheco e uma cerveja do pais que mais consome cerveja no mundo, não é a melhor que já tomei, mas é leve e mata muito bem a sede. Resolvemos ir ao famoso castelo, que má idéia. Calor de 35ºC e uma cacetada de degraus, chegamos todo suados e mortos, havia uma vista maravilhosa, mas nada além do que isso, o castelo se resumia a uma igreja e várias casas antigas ao seu redor, de longe é lindo de se ver, de perto perdeu todo encanto para mim. Depois ainda descobrimos que as escadas era só para descer, que havia um trem do outro lado dele, isso que dá ir mal informado fazer turismo, mas também posso dizer que tudo fica muito mais divertido, pelas surpresas que aparecem pelo caminho.

Voltamos para o hostel, para o segundo merecido banho de piscina e para esperar o novo integrante da caravana que estava para chegar, Both. Na noite saímos para a famosa festa de 5 andares, comentada em toda a Europa, na verdade mais fama do que qualidade, um calor extremo e ficar subindo e descendo degraus para trocar de andar não é nada legal, o interessante que havia uma pista igual a do Dance Days, absinto e muita cerveja.

Acordamos para fazer o city tour, comecamos em inglês com uma mulher chata, soubemos a história dos defenestradores tchecos e quando estavamos mudando de lugar ouvimos um guia espanhol, super engracado e de melhor dicçao, trocamos, ficamos 3 horas escutando a interessante história tcheca em espanhol, seu ódio pelo comunismo, sua fama de jogar pessoas pela janela, Kafka o Golem e muitas outras histórias interessantes. Almoçamos mais uma deliciosa típica comida local e voltamos ao QG.
Conhecemos umas paulistas e uns mineiros, com os quais ficamos horas nos arriando uns nas girias dos outros e acabei indo pra noite com eles, os guris estavam cansados e preferiram ficar no hostel, acabamos onde? Claro, na famigerada festa de 5 andares. O fato interessante foi que depois de uns absintos uns loucos ficaram de cueca, e um mais exaltado ficou peladao, baixinho, uns 30 anos e peludao, realmente uma cena muito engracada, os seguranças nem tavam e ele trovando as meninas e dançando com o bicho velho pra um lado e outro. O que uns absintos a mais não fazem!!!
No último dia fomos a Kutna Horá, cidade próxima a Praga, na qual existe uma capela decorada com ossos humanos, que devido a falta de capacidade no cemitério tiveram essa macabra idéia. Ainda caminhamos por toda a cidadela, muito pacata e acolhedora. Apesar de alguns lugares estarem abandonados, dando uma certa impressão de Bratislava no “Eurotrip”, a toda hora esperávamos ver um cachorro com uma mão na boca.
Comemos em um restaurante com uma linda vista panorâmica, visitamos a linda igreja de Santa Bárbara e fizemos a longa caminhada de volta até a estação de trem para voltarmos a Praga, para esperar a volta à Alemanha.

Acabei esse texto depois de dois meses no Brasil, cortanto muito s fatos, até engraçados mas que não poderia descrever com fidelidade.

E assim acabou minhas viagens pela Europa, ainda escreverei algumas diretas, do tipo dicas que eu daria aos viajantes.

Nas próximas viagens volto a postar...



terça-feira, 27 de julho de 2010

Atenas

Pegamos o barco rumo a Atenas, onde eu teria minha primeira experiência em couchsurfing, comunidade na internet na qual as pessoas se hospedam na casa das outras, chegamos à meia noite.

A menina com a qual o Barbetta se comunicou disse para pegarmos um táxi do porto até o endereço que ela deu, mas os brasileiros espertos já pensando em economizar com o táxi olharam previamente o endereço e constataram que era perto de uma estação do metro, pronto fomos diretamente para este endereço em letras gregas soava como Epirou 70, mandamos uma mensagem para ela avisando que tínhamos chegado, e ela nos mandava dizendo q não nos via, foi ai que entendemos a situação, em Atenas tem apenas 38 ruas chamadas Epirou, cada bairro tem uma. Vai entender esses gregos. Pegamos finalmente o táxi, que constatamos que é muito barato, e depois de meia hora chegamos na casa dela, isso já era duas da manha.

Ela nos recebeu super atenciosa e receptiva, nos deixando realmente em casa, e ainda mais para nosso constrangimento nos deu o quarto dela e foi dormir no sofá. De manha acordamos e ela pronta para ser nossa guia, já me preparou um típico café grego, com gelo, com 40ºC é realmente difícil tomar café quente.

Conhecemos a Acrópole, Partenon, Templo de Zeus , é de arrepiar conhecer ver aqueles prédios enormes e super bem feitos e saber que foram construídos há 2.5 mil anos. No almoço nossa anfitriã, Janna, fez questão de pagar o almoço para nós, apesar de muitos protestos, e que almoço, ela pediu todos pratos tradicionais, alem de uma bebida típica para abrir o apetite, que na verdade nem era muito necessária, às 3 horas da tarde depois de caminhar toda a manha nosso apetite já estava escancarado. Ainda conhecemos mais alguns lugares interessantes de tarde, como o estádio da primeira olimpíada e o museu da acrópole.

Os nordestinos que tinham ficado em Atenas nos encontraram com suas mochilas depois de terem que ir embora da anfitriã deles, a nossa de braços abertos aceitou mais 3 brazucas. De noite resolvemos fazer uma festa, todos arrumados começamos a caminhar, e caminhar e nada de festas, e já era 1, 2, 3 da manha e nada, em Atenas não há festas no domingo, ainda mais a essa hora, acabou que ficamos todos conversando e tomando cerveja até as 6 da manha, hora a qual pegamos nossas mochilas e nos rumamos de volta a nossa querida Alemanha.

O couchsurfing é uma experiência incrível, recomendo a todos, hospedem gente em suas casas, vocês estarão auxiliando e fazendo amizades, e no futuro pode ser você ficando na casa das pessoas. A conversa sobre os costumes, você estar vivendo a cultura do povo é realmente muito interessante.

 
  

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Praias Grécia

Estou com o blog atrasado, não estava com muito tempo para escrever mas agora vamos voltar a ativa, tenho que postar sobre a Grécia e Praga, que possivelmente foi a última viagem grande feita na Europa nesta passada, depois quero ver se faço comentários gerais sobre tudo que ocorreu aqui, fatos ocorridos no dia a dia da Alemanha, fatos bons ou ruins mas que para mim acaba sempre virando motivo de piada e diversão.
Mas, porém, entretanto, todavia convido-lhe a colocar uma roupa bem fresca e embarcar comigo para Grécia, pois lá o calor é enorme, e com certeza você quererá tomar um banho pelas praias que passaremos.

Troquei radicalmente meus parceiros de viagem, fui com um catarina, dois bahianos e um cearense para a trip, chegando a Atenas nos separamos, a região sul vai para as ilhas gregas, o nordeste fica na cidade por preferir conhecer todos os sítios históricos do lugar. Barbetta e eu pegamos um ônibus rumo ao porto e mesmo com ar condicionado sentimos o calor que estava fazendo, quando descemos, como não podia ser diferente na parada errada, vimos a realidade, 43ºC, um verdadeiro forno, com prédios por todos lados e uma poluição visível, escutamos grego por todos os lados, a sonoridade do espanhol, mas sem entendermos nenhuma palavra, por fim descobrimos que por pura sorte a parada que descemos era muito mais perto do cais que era nosso barco. Fomos comprar nosso ticket do barco e começamos a ver a malandragem grega, dizendo que não tem desconto pra estudante, que nem adianta procurar, mas eles não sabiam que estavam lidando com brasileiros, e é claro que conseguimos o desconto, para o “espanto” dos malandros. Por fim esperamos 3 longas e quentes horas para o nosso barco partir, nesse momento é “apenas” 9 horas para chegar em Santorini.

No começo da viagem tudo é lindo, uma ilha de um lado, outra de outro, vento na cara mas, chega ao ponto que você não agüenta mais, se atira no deck para dormir um sono ruim, entra no navio para dormir outro sono ruim e quando se vê já passaram 4 horas… =/  Mas foi, chegamos a meia noite em Santorini, descobrimos que não tinha ônibus para o nosso hostel e por sorte, e grana,  conseguimos uma van de outro hostel para nos levar, quando nos deixaram no albergue tudo escuro, sem recepção, começou a bater o pavor – Não, dormir na rua de novo não. Batemos em um quarto e um cara até bacana pra quem foi acordado a 1 da manha por dois loucos nos disse onde era a porta dos donos. Batemos e duas pessoas de mais idade nos atendem, com tudo desorganizado, quando nos vêem dizem que só tem uma reserva, então só uma cama. Depois de muita conversa me mandam para um quarto com varias pessoas, quente, mas o qual eu realmente tinha reservado e falam q vão ver o que vão fazer com meu amigo. Dormi meio cabreiro se meu amigo tinha ficado bem, quando me indicam qual quarto ele ficou eu bato à porta e ele me atende com o ar condicionado ligado, frigobar e banheiro particular. É, eu preocupado e ele no maior luxo, que vida.

Acordamos outro dia, arrumamos outro hoste e alugamos um quadriciclo, meio de transporte mais utilizado no local, e fomos dar a volta na ilha, primeiramente fomos a praia vermelha, a água cristalina e como a ilha é um vulcão tem resíduos de mais de uma erupção, sendo uma parte da praia totalmente vermelha e a 100 metros uma praia com pedras brancas, outra coisa bem diferente que quase não tem areia na praia e sim pedras e a pouca areia que existe é preta, então caminhar na praia é uma missão difícil, seja pelas pedras que machucam os pés, seja pela areia escura que queima os pés. O negocio mesmo é ficar dentro da água, que por ter pedras no fundo não revira areia e se torna muito mais transparente que a água de uma piscina.
Passamos o dia na mordomia, pegávamos o quadriciclo tocávamos de praia, víamos uns topless, pegávamos o quadriciclo e trocávamos de praia. Ainda no almoço comemos uma comida típica muito gostosa que agora não faço idéia do nome. Fim da tarde vimos o por do sol em Oia, o lugar mais famoso de Santorini, no qual tem as famosas casinhas brancas e depois de uma correria pra entregar o quadriciclo a tempo, resolvemos tomar o vinho local que havíamos comprado, segunda malandragem grega, o vinho cheirava pior do que vinagre e o gosto certamente não era muito melhor. Todavia ainda nos animamos a sair na noite, depois de caminharmos muito e não acharmos nada encontramos um bar calmo até o momento, até chegarem umas amigas podre de bêbadas querendo aparecer pra todos e uma outra menina mais “liberal” que sobe no balcão e tira a blusa pra dançar, sei que acabou com um monte gente chegando nas amigas e elas resolveram uma ficar com a outra mesmo. Oooo modernidade!!
Como planejado acordamos outro dia e fomos olhar o horário do barco para Ios, eis que cancelaram todos barcos para Ios, pronto, o que faremos? Depois de muito quebrar a cabeça decidimos comprar pra outra ilha, e assim foi, a menina disse que tinha passagem para Faros, e foi essa mesmo. Depois de curtir mais uma praia em Santorini pegamos o tal barco para Paros, que de nada sabíamos a respeito.

Chegando a Paros, tínhamos que arrumar um lugar para ficar, o que na verdade não foi nada difícil, porque assim que saímos do navio uns 10 moradores locais vieram nos puxar para um lado e outro, o preço começou em 35 euros por pessoa, falamos que pagávamos no Maximo 10, eles saíram de nossa volta. Quando viram que estávamos irredutíveis, os de 35 tudo baixaram para 10, e assim conseguimos um hotel, numa ilha grega, por 10 euros por pessoa. Alugamos novamente um quadriciclo, tomamos umas cervejas e uma grapa louca grega e acabamos indo em uma festa bem fraca. Outro dia acordamos para o difícil ritual de conhecer praias, agora com areia branca e água ainda mais cristalina. Mais de 30ºC, ou estávamos pegando vento no quadriciclo ou dentro da água nas praias, é leitores, creio que foi onde passei melhor na Europa, ainda mais que meio dia comi umas melhores comidas da minha vida, Moussaka, tipo uma lasanha com berinjela e carne, realmente maravilhoso. Ainda aprenderei a fazer!!!

E fim da tarde acaba nossa aventura pelas ilhas, pegamos o navio de volta para em cinco horas estarmos em Atenas novamente.

Esse foi um post sem muitas loucuras como normalmente acontece comigo e meus amigos, porém foi um post sobre o lugar mais lindo que já conheci. Indico a todos que tenham a oportunidade, eu sou uma pessoa que gosto de belezas históricas, mas simplesmente amo belezas naturais. É meu querido Rio de Janeiro, perdesse seu posto de mais lindo para mim, mas continuas como lugar mais completo, suas praias podem não ser de tanta beleza, mas seu suingue conquista o coração.



quinta-feira, 24 de junho de 2010

Polônia

Estou escrevendo sobre as aventuras e desventuras da Polônia depois de ir pra Grécia, infelizmente talvez eu deixe de registrar alguns fatos, mas vou me esforçar para fazer o melhor e se algum dos meus companheiros de viagem me relembrar algum fato que esqueci irei retificar o blog.


Tudo começou em Dortmund onde olho pra o Tomaz e digo:

-Tenho uma proposta pra te fazer.

Ele me olha com uma cara assustada:


- Ai ai ai, lá vem bomba.
- Vamos pra Polônia.
- Ahh, leste. Curti, vamosss certo.

Compramos as passagens, o carioca se pilhou de ir conosco e nos mandamos para o oriente europeu.

Chegando lá fomos comprar slots, moeda local e já ficamos felizes de saber que cada euro comprava mais de 4. Saímos para caminhar e já encontramos o Wawel, castelo enorme na beira do rio, onde boa parte da história da Polônia foi construida.

Almoçamos, ou melhor, tivemos nosso primeiro banquete... O carioca pede um salmão e Tomaz e eu querendo comer algo diferente pedimos uma carne ao estilo Moscow. Esperávamos um bife ou algo do gênero, mas quando vem os pratos para nossa surpresa tínhamos pedido uma sopa. Nos olhamos com uma cara de desapontamento até comermos a primeira colherada, deliciosa, realmente nos deliciamos. Quando vimos o preço nos apavoramos... Não tinha sido nem 5 euros com bebida e tudo. Começamos a amar a Polônia.

Na tarde resolvemos ir às famosas minas de sal, o que pessoas normais fariam? Pegariam uma excursão, mas nós não... Decidimos pegar um trem, depois de uma hora uma palavra em polonês que parecia com o nome de nossa estação é falada, não sabíamos se descíamos ou não, eu desci, Tomaz na porta quando o trem começa a se mover e eu gritando para eles descerem, Tomaz pula e o carioca vendo o trem ir cada vez mais rápido salta de última hora. Quando olhamos estamos no meio do nada, aí descobrimos que não era nossa estação. Porém os guerreiros caminharam campo a fora até as tais minas de sal. Descemos uma pancada de degraus e chegamos aos 130 metros abaixo da terra, onde eram os túneis da mina. Muito bonito, tudo diferente, lá se encontra a maior igreja subterrânea do mundo, lagos, estátuas, caminhamos quase 3 km em baixo da terra e eu pensando: quero só ver como vai ser para subir. Mas ainda bem que alguém já tinha pensado isso antes de mim e colocou um santo elevador.

Na volta da mina talvez tenha ocorrido os episódios mais xaropes e cômicos da viagem. Encontramos 2 brasileiros e uma polonesa namorada de um deles na mina, e pegamos o ônibus de volta com eles. Eles nos dizem que compram o ticket só porque estão com ela, pois nunca viram fiscalização. Falaram para comprarmos e não validarmos em uma maquininha do ônibus e caso algum fiscal entre vocês validam. Pronto, os brasileiros querendo ser malandros resolvem fazer isso, duas paradas adiante entram DOIS fiscais, um pela porta da frente, um pela de trás. Nós prontamente vamos para máquina validar, é aí que descobrimos que eles travam as máquinas quando entram nos ônibus, uma menina polonesa ainda faz o comentário, “iii, acho que é tarde de mais”, quando os ficais chegam em nós começa a confusão, nós dizendo que não sabíamos, que no Brasil é diferente, e eles irredutíveis, 70 slots de multa, mas depois de muito choro eles nos deixam validar e vão embora, uuu que sufoco.

Ainda no mesmo ônibus, entra um bêbado e nos manda ficar quietos, não demos a menor atenção para ele, quanto vemos ele se levanta da um peitasso no Tomaz e fica me olhando nos olhos, louco para brigar, a namorada polonesa do Ricardo começa a xingar ele e todo ônibus com vergonha de um daqueles estar manchando a imagem de seu país, ele vai se sentar. Depois de um tempo novamente ele vem para nosso lado, mas agora como amiguinho, oferecendo vodka. Conversamos um pouco com o chato que resolveu descer conosco do ônibus, quanto quisemos seguir nosso caminho e não ficar tomando vodka com ele virou nosso inimigo novamente e nos mandou a tudo que é lugar.

Cada um que me aparece.

Na noite depois de algumas cervejas decidimos comprar uma vodka, com certeza polonesa, aí ocorreram alguns fatos que não vou relatar, uma porque o que acontece na noite fica na noite e outra porque depois de uma garrafa de vodka e três semana é bem difícil de lembrar. Apenas sei que no fim tivemos que voltar carregando nosso amigo carioca que não conseguia parar em pé, mas isso acontece até nas melhores famílias.

Outro dia acordamos com uma pequena ressaca mas como guerreiros em 10 minutos estávamos todos bem e pegamos o ônibus para famigerada Aushwitz, depois de 2 horas e tanto chegamos à cidade, comemos o segundo banquete, com direito a sunday e tudo mais e nem preciso falar sobre o preço. Agora sim estávamos prontos para enfrentar de vez a história.

Primeiramente fomos em Aushwitz I, é realmente uma sensação muito estranha estar entrando lá onde há não muito tempo todos queriam sair, um clima pesado e de nostalgia toma conta da pessoa, olhar fotos das pessoas mortas, olhar o muro de fuzilamento, câmara de gás, cubículos de 0,25m² para 4 pessoas, sem entrada de ar. Começa a bater uma raiva e o pensamento de como uns seres humanos podem fazer isso com outros. Fomos pra Aushwitz II, Bierknau, é onde os trens chegavam trazendo as próximas vítimas da fábrica de morte, porque são casinhas para "criar" o que para eles eram animais, e duas estações, agora destruídas, para matar pessoas seja com gás ou queima-las.

Ler em livros a história é uma coisa, estar onde ocorreu é muito diferente.

Perdemos o último ônibus para Krakow, porém com mais uma demonstração da gentileza polonesa uma guia nos deu carona até a estação de trem e conseguimos voltar, depois de três horas chegamos em Cracóvia debaixo de uma enorme chuva, a noite se resumiu em um carreteiro e algumas cervejas polonesas, que para a supresa de muitos são muito melhores que as alemãs.

Terceiro dia ficamos por Cracóvia mesmo, fomos ao bairro judeu, onde visitamos o museu judáico, tivemos nosso terceiro banquete em um restaurante Georgiano, fomos ao bairro comunista para deixar o nosso amigo Tomaz nas alturas vendo os lindos prédios cinzas e quadrados.
Nesse bairro também aconteceu um episódio cômico, Tomaz todo animado chega com um folheto para um morador perguntando onde era a estátua de Lenin que estava com todo esplendor ilustrada, o homem em meio de gargalhadas abafadas diz que já foi derrubada há alguns anos, a cara de quem perdeu um doce de nosso querido amigo foi de dar pena e também de depois de algum tempo causar muitas risadas.

Fomos para praça central de Krakow fazer compras, onde no total sobrou 27 slots entre os 3, ainda tinhamos que jantar e pegar o ônibus que para todos custaria 10,50, nisso o Tomaz acha 5 euros na carteira e troca por slots, resultado, sandwiches saborosos com bom presunto e ótimo queijo e nada menos que 12 cervejas polonesas, que as long necks tem 660ml e 8% de álcool, mais uma noite de agitação no hostel.

Outro dia, avião de volta para casa e esperar pela Grécia. Que como já fui posso afirmar que é maravilhosa, mais isso só no próximo episódio.



segunda-feira, 7 de junho de 2010

Bélgica

O que diferencia um programa de índio de uma aventura? Talvez se confundam, talvez se completem... Mas por favor me enterrem quando eu parar de fazer isso!

Tudo começa em um sábado no qual Tomaz decide vim para Aachen, chega as 10 e pouco da noite e já vamos para balada. Encontramos mais brasileiros os quais nos disseram que iriam para uma praia na Bélgica no domingo, pronto, os dois guerreiros já decidiram ir junto.
O combinado era 8 horas na estação, acordamos 9:30, depois de 3 horas de sono, nos olhamos e prontamente falamos "VAMOS". Bus até a Bélgica, compramos um ticket com direito a 10 viagens e embarcamos para as 3 horas até a praia.


Depois de problemas técnicos no trem e parecer que a viagem estava durtando 10 horas chegamos a Oostende, Mar do Norte, muita gente e um clima litorâneo, maravilha.
Sensação maravilhosa de colocar os pés na areia, e obviamente tinhamos que tomar um banho no Mar do Norte, apesar da água estar perto de 10ºC. Quase congelando curtimos a água e até pulamos ondas, pareciamos criancas.

Encontramos os brasileiros que nos informaram que teria o ultimo trem de volta em 1 hora, mas ainda não estava suficiente para nós. Decidimos ir para Gent, cidade próxima na qual mora nosso amigo Pedro.
Chegamos em Gent as 10 e pouco da noite, depois de 1h de atraso no trem, e o pior sem conseguir falar com o Pedro, peguntamos para as pessoas na rua sobre onde usar internet ou achar um hostel e ninguém sabia, apesar de serem prestativos. Nos restou tomar algumas cervejas, tirar fotos e achar uma escadaria no lado de uma ponte e do rio para dormirmos. Deitamos em nossas mochilas e apesar de cabreiros dormimos, acoradmos algumas vezes por frio ou pela luz, mas isso resolvemos colocando meia ou cueca na cabeca e nos tapando com toalhas de banho, experiência nova na minha vida, nunca tinha dormido na rua, deitado no chao.

Acordamos 5 da manha com uma dor no corpo enorme e morrendo de frio, corremos para esquentar e fomos a mais uma jornada de turismo, apenas os dois na rua conhecendo Gent, cidade medieval, realmente muito bela. Após percorrermos todos pontos de Gent nos encaminhamos para Bruxelas, uma dormidinha necessária no trem e chegamos a capital.
Bruxelas é bonita, arborizada, tem igrejas interessantes e é sede do parlamento europeu, para mim não passa muito disso, perde de muito para a exótica Gent.

Depois de tudo isso fizemos a jornada de volta pra Aachen, onde, depois de um banho, ainda deu tempo para mostrar para o Tomaz as contruções de Carlos Magno e tomarmos um cerveja de trigo com banana, parece nojento, mas é um sabor bem agradavel.

Próxima postagem, Polônia!



quinta-feira, 13 de maio de 2010

Berlin

"Vou começar com uma frase, a primeira que me vem à cabeça. Mas e se não vem nenhuma? Não vem nenhuma. Se sou obrigado a me perguntar a propósito dessa possibilidade é porque ela já aconteceu : não veio nenhuma frase.

O pensamento está sempre um pouco (às vezes muito) à frente dessa mão que escreve. Escrever não é falar, também não é só pensar, mas tornar público um pensamento. Mesmo quando se escreve sem nenhuma intenção de publicar, mesmo quando se guarda a sete chaves o diário, o fato de colocar as palavras no papel configura uma passagem do íntimo para o público, do interior para o exterior ; há registro, e esse registro só pode ser fora de mim. Uma porta se oferece ao exterior."

Cheguei em Berlin sozinho, depois de um voo com um tempo muito bonito no qual pude ver balões e outros aviões pelo caminho.
De ônibus vou para o meu albergue mas por um descuido desco em uma parada errada em um subúurbio da cidade, mas como é a europa foi só o incômodo de esperar outro ônibus, claro que degustando uma Weiss Bier.

Sexta feira meio dia encontro o Paulo, ex colega de cursinho que está morando em Londres, fomos visitar o Portão de Brandeburgo, Bundestag (parlamento alemão), e já vimos um pedaco do famigerado muro. Aproveitamos e fomos paro o Checkpoint Charlie, ponto mais famoso de passagem do lado ocidental para o oriental, é um clima muito estranho estar em um lugar onde teve uma história tão marcante, alí sao preservados placas e a casa de controle. Relamente fechando os olhos dá pra sentir um pouco do clima da época da guerra fria.


Como não poderia faltar, depois de muitos fazerem a propaganda de Berlin ser a melhor noite da europa, fomos para balada, depois de alguma procura achamos um bar um pouco escondido com um clima meio antigo e tocando rock que não passava dos anos 70, uma festa realmente muito legal e diferente.

Sábado fomos a Torre de TV, catedral, onde fomos até a cupula, bem interessante, ficamos um tempo em um lugar alternativo com vista para o rio Spree de um lado e o muro do outro e nesse meio muitas pessoas de tudo que é tipo jogadas no chão curtindo sol.
Na noite ficamos sabendo de um lugar, Café Burguer, e fomos conferir, no que entramos começamos a testemunhar algo totalmente diferente do que conhecemos, um clima cult, com uma música meio estranha, descobrimos que o DJ é um escritor russo famoso e que também coloca som em algumas festas. Realmente não tinha como não dancar as músicas russas que ele colocava e quando se via ninguém estava parado na festa. Realmente Berlin nos mostrou uma noite muito diferente, confirmando a fama de ser uma das melhores da Europa.

Domingão fomos ao Zoológico, eu estava muito curioso pra ver os tais ursos, e realmente é muito legal, o urso panda que parece de pelúcia gigante, os ursos polares que de longe já mostram a sua imponência, lobos, gorilas, elefantes, girafas, tigres, panteras e muitos outros animais muito interessantes. Passeio muito legal de se fazer.
Saindo do zoo passamos por um parque e sempre escutei que na Alemanha as pessoas ficam peladas nos parques, pensei que fosse uma ou duas, mas quando vejo quase uma centena de peladoes deitados, sentados, conversando no parque, e as pessoas vestidas passando do lado na maior naturalidade, digamos que isso no mínimo é estranho.

No fim da tarde fomos ao Mauer parque, ou parque do muro, lugar no qual reflete muito o clima de Berlin, alternativo e sem muita preocupação do que as outras pessoas pensam, lá tinham malabaristas, um karaoke onde apenas cantava gente muito boa e ainda na noite deu tempo de irmos a um bar com uma amiga brasileira que conhecemos, onde do nada comeca a tocar MPB, descobrimos que o DJ é um alemão apaixonado pelo Brasil e suas músicas.
E assim acaba mais uma viagem, enchendo de cultura, sentimentos, e lições que levaremos para o resto da vida. 

Um muro pode destruir vidas, seja esse muro exterior ou interior... Pense nisso!!!!!




terça-feira, 11 de maio de 2010

Aachen

As últimas semanas passei em Aachen, fiz algumas festas bem interessantes…


Primeiramente decidi ir mesmo que sozinho em um forró que teria aqui, depois de umas cervejas em casa me encaminhei, chegando lá conheci uma brasileirada, quase não tinha alemães, foi ai que Aachen comecou a ficar diferente para mim… Depois do forró que acabou cedo, fui com outro gaúcho, dois cearences e mais uns espanhois para uma festa completamente louca em um Bunker da Guerra. Agora imaginem, totalmente underground, em todos sentidos da palavra.




Outro dia, os brasileiros já me convidaram para um churrasco, tá certo que com linguiça e frango, mas o clima estava ótimo e além do mais tudo era regado pelos mais diversos tipos de cerveja européias, delícia.
Em uma quarta feira teve a festa de início de semestre letivo, com 15 bares participando e ônibus levando de um para outro, antes de ir para esses pub porém fui em um aniversério de um amigo alemão que fala português, e tive contato com o pessoal da alemanha mesmo, rolava uma total mistura de línguas, inglês, espanhol, português, alemão, mas todo mundo conseguia se comunicar. Depois toda essa turma foi e agitou em alguns bares.

Fiz aniversário aqui, primeiramente fiquei apreensivo pelo fato de estar longe da família e dos amigos mas recebi o carinho de muita gente pelo orkut, msn e até me ligarem. Além do mais meus amigos Mauricio e Daniela aqui de Aachen comemoraram comigo em uma festa com pizzas e cerveja. Sendo assim fiquei super bem e aqui estou eu com 23.

Próxima postagem falarei das histórias de Berlin.