Tudo começou em Dortmund onde olho pra o Tomaz e digo:
-Tenho uma proposta pra te fazer.
Ele me olha com uma cara assustada:
- Ai ai ai, lá vem bomba.
- Vamos pra Polônia.
- Ahh, leste. Curti, vamosss certo.
Compramos as passagens, o carioca se pilhou de ir conosco e nos mandamos para o oriente europeu.
Chegando lá fomos comprar slots, moeda local e já ficamos felizes de saber que cada euro comprava mais de 4. Saímos para caminhar e já encontramos o Wawel, castelo enorme na beira do rio, onde boa parte da história da Polônia foi construida.
Almoçamos, ou melhor, tivemos nosso primeiro banquete... O carioca pede um salmão e Tomaz e eu querendo comer algo diferente pedimos uma carne ao estilo Moscow. Esperávamos um bife ou algo do gênero, mas quando vem os pratos para nossa surpresa tínhamos pedido uma sopa. Nos olhamos com uma cara de desapontamento até comermos a primeira colherada, deliciosa, realmente nos deliciamos. Quando vimos o preço nos apavoramos... Não tinha sido nem 5 euros com bebida e tudo. Começamos a amar a Polônia.
Na tarde resolvemos ir às famosas minas de sal, o que pessoas normais fariam? Pegariam uma excursão, mas nós não... Decidimos pegar um trem, depois de uma hora uma palavra em polonês que parecia com o nome de nossa estação é falada, não sabíamos se descíamos ou não, eu desci, Tomaz na porta quando o trem começa a se mover e eu gritando para eles descerem, Tomaz pula e o carioca vendo o trem ir cada vez mais rápido salta de última hora. Quando olhamos estamos no meio do nada, aí descobrimos que não era nossa estação. Porém os guerreiros caminharam campo a fora até as tais minas de sal. Descemos uma pancada de degraus e chegamos aos130 metros abaixo da terra, onde eram os túneis da mina. Muito bonito, tudo diferente, lá se encontra a maior igreja subterrânea do mundo, lagos, estátuas, caminhamos quase 3 km em baixo da terra e eu pensando: quero só ver como vai ser para subir. Mas ainda bem que alguém já tinha pensado isso antes de mim e colocou um santo elevador.
Na volta da mina talvez tenha ocorrido os episódios mais xaropes e cômicos da viagem. Encontramos 2 brasileiros e uma polonesa namorada de um deles na mina, e pegamos o ônibus de volta com eles. Eles nos dizem que compram o ticket só porque estão com ela, pois nunca viram fiscalização. Falaram para comprarmos e não validarmos em uma maquininha do ônibus e caso algum fiscal entre vocês validam. Pronto, os brasileiros querendo ser malandros resolvem fazer isso, duas paradas adiante entram DOIS fiscais, um pela porta da frente, um pela de trás. Nós prontamente vamos para máquina validar, é aí que descobrimos que eles travam as máquinas quando entram nos ônibus, uma menina polonesa ainda faz o comentário, “iii, acho que é tarde de mais”, quando os ficais chegam em nós começa a confusão, nós dizendo que não sabíamos, que no Brasil é diferente, e eles irredutíveis, 70 slots de multa, mas depois de muito choro eles nos deixam validar e vão embora, uuu que sufoco.
Ainda no mesmo ônibus, entra um bêbado e nos manda ficar quietos, não demos a menor atenção para ele, quanto vemos ele se levanta da um peitasso no Tomaz e fica me olhando nos olhos, louco para brigar, a namorada polonesa do Ricardo começa a xingar ele e todo ônibus com vergonha de um daqueles estar manchando a imagem de seu país, ele vai se sentar. Depois de um tempo novamente ele vem para nosso lado, mas agora como amiguinho, oferecendo vodka. Conversamos um pouco com o chato que resolveu descer conosco do ônibus, quanto quisemos seguir nosso caminho e não ficar tomando vodka com ele virou nosso inimigo novamente e nos mandou a tudo que é lugar.
Cada um que me aparece.
Na noite depois de algumas cervejas decidimos comprar uma vodka, com certeza polonesa, aí ocorreram alguns fatos que não vou relatar, uma porque o que acontece na noite fica na noite e outra porque depois de uma garrafa de vodka e três semana é bem difícil de lembrar. Apenas sei que no fim tivemos que voltar carregando nosso amigo carioca que não conseguia parar em pé, mas isso acontece até nas melhores famílias.
Outro dia acordamos com uma pequena ressaca mas como guerreiros em 10 minutos estávamos todos bem e pegamos o ônibus para famigerada Aushwitz, depois de 2 horas e tanto chegamos à cidade, comemos o segundo banquete, com direito a sunday e tudo mais e nem preciso falar sobre o preço. Agora sim estávamos prontos para enfrentar de vez a história.
Primeiramente fomosem Aushwitz I , é realmente uma sensação muito estranha estar entrando lá onde há não muito tempo todos queriam sair, um clima pesado e de nostalgia toma conta da pessoa, olhar fotos das pessoas mortas, olhar o muro de fuzilamento, câmara de gás, cubículos de 0,25m² para 4 pessoas, sem entrada de ar. Começa a bater uma raiva e o pensamento de como uns seres humanos podem fazer isso com outros. Fomos pra Aushwitz II, Bierknau, é onde os trens chegavam trazendo as próximas vítimas da fábrica de morte, porque são casinhas para "criar" o que para eles eram animais, e duas estações, agora destruídas, para matar pessoas seja com gás ou queima-las.
Ler em livros a história é uma coisa, estar onde ocorreu é muito diferente.
Perdemos o último ônibus para Krakow, porém com mais uma demonstração da gentileza polonesa uma guia nos deu carona até a estação de trem e conseguimos voltar, depois de três horas chegamos em Cracóvia debaixo de uma enorme chuva, a noite se resumiu em um carreteiro e algumas cervejas polonesas, que para a supresa de muitos são muito melhores que as alemãs.
Terceiro dia ficamos por Cracóvia mesmo, fomos ao bairro judeu, onde visitamos o museu judáico, tivemos nosso terceiro banquete em um restaurante Georgiano, fomos ao bairro comunista para deixar o nosso amigo Tomaz nas alturas vendo os lindos prédios cinzas e quadrados.
Nesse bairro também aconteceu um episódio cômico, Tomaz todo animado chega com um folheto para um morador perguntando onde era a estátua de Lenin que estava com todo esplendor ilustrada, o homem em meio de gargalhadas abafadas diz que já foi derrubada há alguns anos, a cara de quem perdeu um doce de nosso querido amigo foi de dar pena e também de depois de algum tempo causar muitas risadas.
Fomos para praça central de Krakow fazer compras, onde no total sobrou 27 slots entre os 3, ainda tinhamos que jantar e pegar o ônibus que para todos custaria 10,50, nisso o Tomaz acha 5 euros na carteira e troca por slots, resultado, sandwiches saborosos com bom presunto e ótimo queijo e nada menos que 12 cervejas polonesas, que as long necks tem 660ml e 8% de álcool, mais uma noite de agitação no hostel.
Outro dia, avião de volta para casa e esperar pela Grécia. Que como já fui posso afirmar que é maravilhosa, mais isso só no próximo episódio.
Compramos as passagens, o carioca se pilhou de ir conosco e nos mandamos para o oriente europeu.
Chegando lá fomos comprar slots, moeda local e já ficamos felizes de saber que cada euro comprava mais de 4. Saímos para caminhar e já encontramos o Wawel, castelo enorme na beira do rio, onde boa parte da história da Polônia foi construida.
Almoçamos, ou melhor, tivemos nosso primeiro banquete... O carioca pede um salmão e Tomaz e eu querendo comer algo diferente pedimos uma carne ao estilo Moscow. Esperávamos um bife ou algo do gênero, mas quando vem os pratos para nossa surpresa tínhamos pedido uma sopa. Nos olhamos com uma cara de desapontamento até comermos a primeira colherada, deliciosa, realmente nos deliciamos. Quando vimos o preço nos apavoramos... Não tinha sido nem 5 euros com bebida e tudo. Começamos a amar a Polônia.
Na tarde resolvemos ir às famosas minas de sal, o que pessoas normais fariam? Pegariam uma excursão, mas nós não... Decidimos pegar um trem, depois de uma hora uma palavra em polonês que parecia com o nome de nossa estação é falada, não sabíamos se descíamos ou não, eu desci, Tomaz na porta quando o trem começa a se mover e eu gritando para eles descerem, Tomaz pula e o carioca vendo o trem ir cada vez mais rápido salta de última hora. Quando olhamos estamos no meio do nada, aí descobrimos que não era nossa estação. Porém os guerreiros caminharam campo a fora até as tais minas de sal. Descemos uma pancada de degraus e chegamos aos
Na volta da mina talvez tenha ocorrido os episódios mais xaropes e cômicos da viagem. Encontramos 2 brasileiros e uma polonesa namorada de um deles na mina, e pegamos o ônibus de volta com eles. Eles nos dizem que compram o ticket só porque estão com ela, pois nunca viram fiscalização. Falaram para comprarmos e não validarmos em uma maquininha do ônibus e caso algum fiscal entre vocês validam. Pronto, os brasileiros querendo ser malandros resolvem fazer isso, duas paradas adiante entram DOIS fiscais, um pela porta da frente, um pela de trás. Nós prontamente vamos para máquina validar, é aí que descobrimos que eles travam as máquinas quando entram nos ônibus, uma menina polonesa ainda faz o comentário, “iii, acho que é tarde de mais”, quando os ficais chegam em nós começa a confusão, nós dizendo que não sabíamos, que no Brasil é diferente, e eles irredutíveis, 70 slots de multa, mas depois de muito choro eles nos deixam validar e vão embora, uuu que sufoco.
Ainda no mesmo ônibus, entra um bêbado e nos manda ficar quietos, não demos a menor atenção para ele, quanto vemos ele se levanta da um peitasso no Tomaz e fica me olhando nos olhos, louco para brigar, a namorada polonesa do Ricardo começa a xingar ele e todo ônibus com vergonha de um daqueles estar manchando a imagem de seu país, ele vai se sentar. Depois de um tempo novamente ele vem para nosso lado, mas agora como amiguinho, oferecendo vodka. Conversamos um pouco com o chato que resolveu descer conosco do ônibus, quanto quisemos seguir nosso caminho e não ficar tomando vodka com ele virou nosso inimigo novamente e nos mandou a tudo que é lugar.
Cada um que me aparece.
Na noite depois de algumas cervejas decidimos comprar uma vodka, com certeza polonesa, aí ocorreram alguns fatos que não vou relatar, uma porque o que acontece na noite fica na noite e outra porque depois de uma garrafa de vodka e três semana é bem difícil de lembrar. Apenas sei que no fim tivemos que voltar carregando nosso amigo carioca que não conseguia parar em pé, mas isso acontece até nas melhores famílias.
Outro dia acordamos com uma pequena ressaca mas como guerreiros em 10 minutos estávamos todos bem e pegamos o ônibus para famigerada Aushwitz, depois de 2 horas e tanto chegamos à cidade, comemos o segundo banquete, com direito a sunday e tudo mais e nem preciso falar sobre o preço. Agora sim estávamos prontos para enfrentar de vez a história.
Primeiramente fomos
Ler em livros a história é uma coisa, estar onde ocorreu é muito diferente.
Perdemos o último ônibus para Krakow, porém com mais uma demonstração da gentileza polonesa uma guia nos deu carona até a estação de trem e conseguimos voltar, depois de três horas chegamos em Cracóvia debaixo de uma enorme chuva, a noite se resumiu em um carreteiro e algumas cervejas polonesas, que para a supresa de muitos são muito melhores que as alemãs.
Terceiro dia ficamos por Cracóvia mesmo, fomos ao bairro judeu, onde visitamos o museu judáico, tivemos nosso terceiro banquete em um restaurante Georgiano, fomos ao bairro comunista para deixar o nosso amigo Tomaz nas alturas vendo os lindos prédios cinzas e quadrados.
Nesse bairro também aconteceu um episódio cômico, Tomaz todo animado chega com um folheto para um morador perguntando onde era a estátua de Lenin que estava com todo esplendor ilustrada, o homem em meio de gargalhadas abafadas diz que já foi derrubada há alguns anos, a cara de quem perdeu um doce de nosso querido amigo foi de dar pena e também de depois de algum tempo causar muitas risadas.
Fomos para praça central de Krakow fazer compras, onde no total sobrou 27 slots entre os 3, ainda tinhamos que jantar e pegar o ônibus que para todos custaria 10,50, nisso o Tomaz acha 5 euros na carteira e troca por slots, resultado, sandwiches saborosos com bom presunto e ótimo queijo e nada menos que 12 cervejas polonesas, que as long necks tem 660ml e 8% de álcool, mais uma noite de agitação no hostel.
Outro dia, avião de volta para casa e esperar pela Grécia. Que como já fui posso afirmar que é maravilhosa, mais isso só no próximo episódio.